domingo, 21 de abril de 2013


MENSALEIRO DUDA MENDONÇA.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O QUE FAZIA NA ÉPOCA:

Veterano do marketing político, o publicitário Duda Mendonça trabalhou em 2002 na vitoriosa campanha de Lula e em 2004 na fracassada campanha de Marta Suplicy para prefeita de São Paulo.

O QUE FAZ HOJE:

Continua trabalhando com marketing político. Em 2010, foi o responsável pelas campanhas que levaram ao Senado a petista Marta Suplicy e o tucano Cássio Cunha Lima. Também trabalhou na eleição de Ricardo Coutinho, do PSB, para o governo da Paraíba, e na reeleição de Roseana Sarney, no Maranhão.

ACUSAÇÃO:

Recebeu pagamentos no Brasil e no exterior pelo esquema de lavagem de dinheiro montado por Marcos Valério e o Banco Rural.

CRIMES:

Lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O QUE GANHOU DO ESQUEMA:

Como pagamento pelas campanhas que conduziu, o publicitário recebeu mais de R$ 11 milhões do valerioduto: R$ 1,4 milhão no Brasil e cerca de R$ 10 milhões em um paraíso fiscal no Caribe.

EVIDÊNCIAS APONTADAS PELA PROMOTORIA:

O PT tinha um débito milionário com o publicitário que elegeu "Lulinha paz e amor" em 2002. Para quitá-lo, acionou o operador do mensalão, Marcos Valério, que pôs em ação o esquema do Banco Rural. Conforme o depoimento de Valério, foi Delúbio Soares, tesoureiro do PT, quem ordenou os repasses.

A Procuradoria aponta dois métodos que viabilizaram os pagamentos. O primeiro, no início de 2003, consistiu em saques na agência do Banco Rural em São Paulo, feitos por Zilmar Fernandes, sócia de Duda. Em cinco operações, três em fevereiro e duas em abril daquele ano, Zilmar retirou R$ 1,4 milhão em espécie, de acordo com testemunhos.

Em um segundo momento, Duda e Zilmar passaram a receber as parcelas da dívida no exterior. Para tanto, abriram a offshore Dusseldorf Company Ltd nas Bahamas, Caribe. Cerca de R$ 10 milhões saíram do país por meio desse expediente. A Procuradoria identificou 53 operações de remessa de dinheiro para o exterior, 24 das quais através dos seguintes braços do Banco Rural: Rural International Bank (6 depósitos), IFE Banco Rural (1 depósito), Banco Rural Europa (1 depósito) e Trade Link Bank (16 depósitos).

Para abastecer a conta de Duda e Zilmar no exterior, a quadrilha também se valeu do esquema conhecido como dólar-cabo. Por esse expediente, uma transferência feita em um país é compensada, irregularmente, por outra de valor equivalente no exterior. Um dos doleiros acionados foi Jader Kalid Antônio, que contou ter sido procurado pela quadrilha de Valério e feito a transferência de U$ 131.838 para a Dusseldorf de Duda e Zilmar.

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