ENTIDADES
DA UMBANDA
EGUM
Egun é a denominação que se dá aos espíritos desencarnados, ou
seja, espíritos de pessoas que já morreram.
Portanto, os eguns podem ser tanto os espíritos dos guias (ou
entidades), que são os Caboclos, os Preto Velhos, as Crianças, as Ciganas, os
Boiadeiros, os Malandros, os Exus e as Pomba Giras, como também os kiumbas.
Os guias da umbanda são mensageiros dos orixás que protegem e
orientam os encarnados que por eles procuram. São espíritos iluminados que se
encontram em uma faixa de vibração boa para a umbanda.
De acordo com o grau de evolução de cada um, são levados a fazer
parte de uma falange, ou seja, um grupo específico de espíritos, para
aprenderem e evoluírem espiritualmente.
Dessa forma eles permanecem, até uma possível reencarnação ou
evolução para um plano superior.
Os kiumbas são espíritos do baixo astral, verdadeiros obsessores
(como chamados no espiritismo) que se aproveitam da fragilidade humana para
satisfazerem seus vícios maldosos, ou até mesmo são procurados por pessoas que
queiram prejudicar alguém.
Eles acompanham e influenciam os encarnados por pura vontade de
cometer o mal. Locais que geralmente são cercados por kiumbas são os bares e
festas de baixo nível, pois se aproveitam dos vícios humanos (como vício do
álcool, do cigarro, das drogas ou do sexo) para se fortalecerem e,
consequentemente, enfraquecer os que desta forma se comportam.
CABOCLO
Originalmente, a palavra Caboclo refere-se à miscigenação do
homem branco com índio, porém na umbanda, o termo é usado para classificar todo
tipo de civilização indígena habitante de qualquer parte do planeta.
Habitantes das matas, os caboclos vem com a força da natureza,
cheios de humildade, sabedoria, forte portura, voz vibrante e elevação
espiritual, com suas ervas medicinais que podem curar doenças físicas e
espirituais.
Em alguns cultos afro-brasileiros, os caboclos são considerados
seres encantados, no qual se relacionam com os espíritos da natureza, como
plantas, animais, etc...
Isto deve-se a uma crença indígena em que humanos e animais se
comunicavam entre si em plena harmonia e podiam se transformar um no outro.
As giras de caboclos são muito alegres e lembram bem as festas
nas aldeias.
Trabalham como verdadeiros conselheiros e ensinam o homem a
importância da coragem e o respeito que se deve ter com o próximo e com a
natureza.
PRETOS
VELHOS
Em grande parte (mas não totalidade), os pretos velhos são de
negros escravos que viveram durante o Brasil Colônia.
Nesta época, em que os escravos sofriam humilhações e trabalhavam
de sol a sol por um pedaço de pão, eles reagiam fugindo e formando quilombos,
tirando a própria vida, ou até mesmo assassinando seus senhores e
proprietários.
A “macumba”, com seus batuques e danças, era um rito de protesto
e liberdade.
Após anos de sofrimento, a missão destes seres de luz ainda não
estava cumprida.
Não tem ódio pela humilhação que sofreram no passado, por isso hoje
retornam, para evoluírem espiritualmente e auxiliarem, com extrema humildade e
carinho, aqueles que buscam ajuda.
CRIANÇA
(ERÊ)
Também chamadas de Ibejis ou Ibeijada, as crianças são a alegria
contagiante da umbanda.
São espíritos que, na última vida, desencarnaram ainda muito
novos, mantendo assim as suas características, então eles brincam, aprontam,
gostam que lhe contem histórias infantis e adoram doces e guloseimas, ou seja,
agem como crianças.
Muito respeitadas, elas representam a pureza e a inocência, porém
não são tolas e identificam muito bem as falhas humanas, orientando e atuando
em casos familiares e de gravidez, principalmente.
EXU E
POMBA GIRA
Por ignorância e preconceito de muitas pessoas, os Exus são mal
interpretados e associados ao demônio cristão, considerados maus ou compráveis,
ou seja, que realizam trabalhos para o mal em troca de ofertas.
O que acontece, é que os espíritos baixos, kiumbas, através de
médiuns despreparados ou perturbados mental e espiritualmente, realizam tais
trabalhos malignos contra os encarnados, e assim o fazem se passando por Exus,
confundindo as pessoas sem conhecimento e contribuindo para tal erro.
Com suas cartolas, capas (no caso dos exus masculinos), saias
rodadas e adornos (no caso dos exus femininos, as pomba giras), os verdadeiros
exus não fazem mal a ninguém, apenas executam a lei da justiça, ou seja, dá o
bem a quem pede o bem e devolve o mal a quem o pediu.
Por atuarem em vibrações muito próximas ao Planeta Terra, são
espíritos que conhecem profundamente as paixões humanas e, por este motivo,
estão em um estágio evolutivo inferior ao dos caboclos e pretos velhos, por
exemplo, não por serem inferiores, mas por possuírem uma energia muito densa e
de maior proximidade à Terra.
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