CORREGEDORIA DIZ QUE ATUAL SECRETÁRIO DE HADDAD
DEFINIU PREÇO DE SERVIÇOS NA CPTM.
A Corregedoria Geral da Administração (CGA), órgão do governo
paulista, afirmou nesta quinta-feira que o engenheiro OSVALDO SPURI, atual secretário
de Infraestrutura Urbana e Obras da prefeitura de São Paulo, trabalhou na
formação de preços de concorrências e também como presidente da comissão de licitações da Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos (CPTM).
SPURI, que
foi funcionário da CPTM de 1993 a 2005,
nega ter participado da precificação dos serviços.
O Ministério Público, a
Polícia Federal e a CGA investigam como os preços eram definidos desde que a
multinacional SIEMENS delatou a
combinação dos valores por um cartel do
setor metroferroviário.
Em nota, a Corregedoria
disse que a CPTM confirmou nesta
quinta-feira que SPURI tinha acesso
aos documentos.
“Podemos informar, galgados nos elementos constantes
dos procedimentos administrativos, que o Sr. OSVALDO SPURI, além de presidir as
Comissões de Licitações, era Coordenador Técnico dos Projetos, de sorte a
congregar todas as informações, inclusive a formação de orçamento.”
A Corregedoria informou
que passou a apurar a conduta de SPURI
depois de ter sido alertada de que ele seria o responsável por documentos sobre
a formação dos preços de referência de licitações fraudadas pelo cartel de
empresas.
Os papéis não foram
encontrados nos arquivos da CPTM.
Segundo a Corregedoria,
representantes da estatal de trens urbanos apontaram SPURI como o responsável pelos documentos numa reunião em 18 de
novembro.
A Corregedoria afirma que SPURI foi questionado duas vezes sobre
a documentação, numa oitiva e por escrito.
O órgão disse, porém, que SPURI não entregou o material
solicitado e argumentou que a responsabilidade pela precificação era de “ÁREAS TÉCNICAS DA CPTM E NÃO DAS COMISSÕES
DE LICITAÇÃO” que SPURI confirma
ter presidido.
Segundo o jornal FOLHA DE S. PAULO, SPURI nunca foi
inquirido sobre o tema.
O secretário do prefeito Fernando Haddad relatou ao jornal ter encaminhado os papéis, em 2003,
para o arquivo da CPTM em Presidente Altino, em Osasco (SP).
Segundo ele, todos os
papéis importantes da licitação foram remetidos ao Tribunal de Contas do Estado
e ao Banco Interamericano de Desenvolvimento."
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