quinta-feira, 19 de junho de 2014

CORREGEDORIA DIZ QUE ATUAL SECRETÁRIO DE HADDAD
DEFINIU PREÇO DE SERVIÇOS NA CPTM.


A Corregedoria Geral da Administração (CGA), órgão do governo paulista, afirmou nesta quinta-feira que o engenheiro OSVALDO SPURI, atual secretário de Infraestrutura Urbana e Obras da prefeitura de São Paulo, trabalhou na formação de preços de concorrências e também como presidente da comissão de licitações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
SPURI, que foi funcionário da CPTM de 1993 a 2005, nega ter participado da precificação dos serviços.
O Ministério Público, a Polícia Federal e a CGA investigam como os preços eram definidos desde que a multinacional SIEMENS delatou a combinação dos valores por um cartel do setor metroferroviário.

Em nota, a Corregedoria disse que a CPTM confirmou nesta quinta-feira que SPURI tinha acesso aos documentos.

“Podemos informar, galgados nos elementos constantes dos procedimentos administrativos, que o Sr. OSVALDO SPURI, além de presidir as Comissões de Licitações, era Coordenador Técnico dos Projetos, de sorte a congregar todas as informações, inclusive a formação de orçamento.”

A Corregedoria informou que passou a apurar a conduta de SPURI depois de ter sido alertada de que ele seria o responsável por documentos sobre a formação dos preços de referência de licitações fraudadas pelo cartel de empresas.
Os papéis não foram encontrados nos arquivos da CPTM.
Segundo a Corregedoria, representantes da estatal de trens urbanos apontaram SPURI como o responsável pelos documentos numa reunião em 18 de novembro.

A Corregedoria afirma que SPURI foi questionado duas vezes sobre a documentação, numa oitiva e por escrito.
O órgão disse, porém, que SPURI não entregou o material solicitado e argumentou que a responsabilidade pela precificação era de “ÁREAS TÉCNICAS DA CPTM E NÃO DAS COMISSÕES DE LICITAÇÃO” que SPURI confirma ter presidido.
Segundo o jornal FOLHA DE S. PAULO, SPURI nunca foi inquirido sobre o tema.
O secretário do prefeito Fernando Haddad relatou ao jornal ter encaminhado os papéis, em 2003, para o arquivo da CPTM em Presidente Altino, em Osasco (SP).

Segundo ele, todos os papéis importantes da licitação foram remetidos ao Tribunal de Contas do Estado e ao Banco Interamericano de Desenvolvimento."


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