PESSOAS NEGATIVAS - COMO LIDAR COM ELAS
Ser imparcial, não
absorver a energia ruim e ter jogo de cintura para mudar de assunto são boas
maneiras para se relacionar com indivíduos que só sabem reclamar.
Fofoca é um dos hábitos mais frequentes de pessoas
negativas
Sabe aquele vizinho que
vive falando mal do porteiro?
E aquele colega de
trabalho que só reclama da vida?
E a tia que acha que todos
estão contra ela?
Todo mundo conhece alguma
pessoa negativa.
Em resumo, são indivíduos
que criticam tudo e todos de forma destrutiva, julgam de forma comparativa,
jogam pessoas umas contra as outras e valorizam somente os defeitos dos outros,
segundo explica o terapeuta Carlos Florêncio, que também é coach e especialista
em desenvolvimento pessoal.
Conviver com estas pessoas
pode até gerar sintomas físicos, como sensação de mal-estar, cansaço e
estresse. “Parece que você não consegue pensar direito, começa a bocejar, fica
ansioso e até irritado”, diz Florêncio.
Mas nem sempre dá para
evitar o convívio.
Se ele for necessário,
algumas dicas podem ajudar.
Apesar da vontade de
evitar o contato com pessoas negativas, é importante não ser indiferente.
Ignorar ou ser agressivo
pode até piorar a situação e, ainda, fazer de você o “alvo” das próximas
reclamações.
Neste caso, a dica é
tentar conviver de forma harmoniosa, manter a integridade e a ética.
“É preciso entender que o
mau-humor ou a visão de mundo negativista é da pessoa e não sua. Você não pode
se deixar afetar nem entrar nessa ‘onda’ negativa”, aconselha o psicólogo Jose
Paulo Laganá, especialista em transtornos de humor.
Desta maneira, o melhor a
ser feito para lidar com pessoas negativas é manter-se impessoal.
“Quando uma pessoa fala
mal de outra para você, ela está esperando que você entre no jogo, dê sua
opinião ou concorde com ela”, explica Florêncio.
Sendo assim, a indicação é
tentar “neutralizar” a conversa, não se deixar envolver.
Portanto, se uma amiga
reclama o tempo todo do vizinho, não embarque no assunto.
Simplesmente diga que
entende a situação e procure mudar de tema ou levar a conversa a outro nível.
CAFÉ COM FOFOCA.
No trabalho, o problema
também é bastante comum.
Não raro, o momento do
cafezinho se torna a oportunidade perfeita para a pessoa negativa disparar
reclamações para todos os lados.
“Isso contamina o ambiente
e, em alguns casos, chega a desorganizar grupos”, comenta Laganá.
O psicólogo explica que
isso acontece porque, muitas vezes, a pessoa não sabe lidar com os próprios
conflitos, sofre internamente e age de tal maneira.
Para a coach Mariella
Gallo, consultora pessoal e de carreira, uma pessoa negativa pode afetar signitivamente
o ambiente corporativo.
Geralmente, um
profissional com essa característica encontra defeitos e problemas em todos os
projetos, faz comentários pessimistas sobre o trabalho dos colegas e é mais
inflexível ao que os outros têm para apresentar.
Para não deixar que o
comportamento negativo de uma pessoa atrapalhe a equipe, a consultora aconselha
aprimorar a autoconsciência, para não se deixar afetar, e também o jogo de
cintura.
“A cada momento em que o
outro traz questões negativas, você deve perguntar qual é a solução que a
pessoa vê sob aquele ponto de vista. Deve-se sempre focar na solução e não no
problema”, diz Mariella.
SOU NEGATIVO?
Pior do que lidar com
alguém negativo é perceber que você mesmo comete esse tipo de deslize.
Para identificar se você é
o inconveniente da turma, observe se aquilo que você fala ou faz deixa transparecer
um pessimismo constante.
Você reclama
frequentemente?
Fala mal de tudo e de
todos, qualquer que seja a situação?
Está com a “cara” sempre
fechada?
Se a resposta foi sim para
estas perguntas, é melhor mudar a postura.
A coach Mariella Gallo diz
que, neste caso, o melhor a ser feito é identificar as atitudes negativas e, a
partir daí, determinar ações contrárias a serem feitas.
Por exemplo, se você não
sorri, vai treinar sorrir.
Se reclama do colega de
trabalho, vai exercitar o bom relacionamento interpessoal.
“É necessário desenhar e
praticar comportamentos opostos, até que se atinja um novo hábito”.
O terapeuta Carlos
Florêncio também recomenda fazer um trabalho de autocontrole, pensar antes de
falar, respirar fundo e manter uma postura positiva.
“É importante valorizar a
realidade, agir com ética e aceitar as diferenças. Diminuir o outro para se
sentir superior só demonstra pequenez de espírito”, finaliza.
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