quarta-feira, 7 de maio de 2014

PESSOAS NEGATIVAS - COMO LIDAR COM ELAS
Ser imparcial, não absorver a energia ruim e ter jogo de cintura para mudar de assunto são boas maneiras para se relacionar com indivíduos que só sabem reclamar.

Fofoca é um dos hábitos mais frequentes de pessoas negativas

Sabe aquele vizinho que vive falando mal do porteiro?
E aquele colega de trabalho que só reclama da vida?
E a tia que acha que todos estão contra ela?
Todo mundo conhece alguma pessoa negativa.
Em resumo, são indivíduos que criticam tudo e todos de forma destrutiva, julgam de forma comparativa, jogam pessoas umas contra as outras e valorizam somente os defeitos dos outros, segundo explica o terapeuta Carlos Florêncio, que também é coach e especialista em desenvolvimento pessoal.
Conviver com estas pessoas pode até gerar sintomas físicos, como sensação de mal-estar, cansaço e estresse. “Parece que você não consegue pensar direito, começa a bocejar, fica ansioso e até irritado”, diz Florêncio.
Mas nem sempre dá para evitar o convívio.
Se ele for necessário, algumas dicas podem ajudar.
Apesar da vontade de evitar o contato com pessoas negativas, é importante não ser indiferente.
Ignorar ou ser agressivo pode até piorar a situação e, ainda, fazer de você o “alvo” das próximas reclamações.
Neste caso, a dica é tentar conviver de forma harmoniosa, manter a integridade e a ética.

“É preciso entender que o mau-humor ou a visão de mundo negativista é da pessoa e não sua. Você não pode se deixar afetar nem entrar nessa ‘onda’ negativa”, aconselha o psicólogo Jose Paulo Laganá, especialista em transtornos de humor.

Desta maneira, o melhor a ser feito para lidar com pessoas negativas é manter-se impessoal.

“Quando uma pessoa fala mal de outra para você, ela está esperando que você entre no jogo, dê sua opinião ou concorde com ela”, explica Florêncio.

Sendo assim, a indicação é tentar “neutralizar” a conversa, não se deixar envolver.
Portanto, se uma amiga reclama o tempo todo do vizinho, não embarque no assunto.
Simplesmente diga que entende a situação e procure mudar de tema ou levar a conversa a outro nível.

CAFÉ COM FOFOCA.
No trabalho, o problema também é bastante comum.
Não raro, o momento do cafezinho se torna a oportunidade perfeita para a pessoa negativa disparar reclamações para todos os lados.
“Isso contamina o ambiente e, em alguns casos, chega a desorganizar grupos”, comenta Laganá.
O psicólogo explica que isso acontece porque, muitas vezes, a pessoa não sabe lidar com os próprios conflitos, sofre internamente e age de tal maneira.
Para a coach Mariella Gallo, consultora pessoal e de carreira, uma pessoa negativa pode afetar signitivamente o ambiente corporativo.
Geralmente, um profissional com essa característica encontra defeitos e problemas em todos os projetos, faz comentários pessimistas sobre o trabalho dos colegas e é mais inflexível ao que os outros têm para apresentar.
Para não deixar que o comportamento negativo de uma pessoa atrapalhe a equipe, a consultora aconselha aprimorar a autoconsciência, para não se deixar afetar, e também o jogo de cintura.
“A cada momento em que o outro traz questões negativas, você deve perguntar qual é a solução que a pessoa vê sob aquele ponto de vista. Deve-se sempre focar na solução e não no problema”, diz Mariella.

SOU NEGATIVO?
Pior do que lidar com alguém negativo é perceber que você mesmo comete esse tipo de deslize.
Para identificar se você é o inconveniente da turma, observe se aquilo que você fala ou faz deixa transparecer um pessimismo constante.
Você reclama frequentemente?
Fala mal de tudo e de todos, qualquer que seja a situação?
Está com a “cara” sempre fechada?
Se a resposta foi sim para estas perguntas, é melhor mudar a postura.
A coach Mariella Gallo diz que, neste caso, o melhor a ser feito é identificar as atitudes negativas e, a partir daí, determinar ações contrárias a serem feitas.
Por exemplo, se você não sorri, vai treinar sorrir.
Se reclama do colega de trabalho, vai exercitar o bom relacionamento interpessoal.
“É necessário desenhar e praticar comportamentos opostos, até que se atinja um novo hábito”.
O terapeuta Carlos Florêncio também recomenda fazer um trabalho de autocontrole, pensar antes de falar, respirar fundo e manter uma postura positiva.
“É importante valorizar a realidade, agir com ética e aceitar as diferenças. Diminuir o outro para se sentir superior só demonstra pequenez de espírito”, finaliza.


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