OXALÁ Candomblé
e Umbanda
Hoje falaremos sobre o
Orixá Oxalá também chamado de Osalà, Oshalá, Orinxala, Oxaguian, Oxalufan,
Obatalá, Ajalaori, Ajalaodê, etc. Cultuado entre várias nações religiões
africanas e herdadas pelo Brasil, Cuba (santeria), França, entre outros.
Esta relação de
importância advém de a organização de divindades africanas ser uma maneira
simbólica de se codificar as regras do comportamento. Nos preceitos, estão
todas as matrizes básicas da organização familiar e tribal, das atitudes
possíveis, dos diversos caminhos para uma mesma questão. Para um mesmo
problema, orixás diferentes propõem respostas diferentes - e raramente há um
acordo social no sentido de estabelecer uma das saídas como correta e a outra
não. A jurisprudência africana nesse sentido prefere conviver com os opostos,
estabelecendo, no máximo, que, perante um impasse, Ogum faz isso, Iansã faz
aquilo, por exemplo.
Assim, Oxalá não tem mais
poderes que os outros nem é hierarquicamente superior, mas merece o respeito de
todos por representar o patriarca, o chefe da família. Cada membro da família
tem suas funções e o direito de se inter-relacionar de igual para igual com
todos os outros membros, o que as lendas dos Orixás confirmam através da
independência que cada um mantém em relação aos outros. Oxalá, porém, é o que
traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado
para casos semelhantes, merecendo, portanto, o respeito de todos numa sociedade
que cultuava ativamente seus ancestrais. Ele representa o conhecimento empírico,
neste caso colocado acima do conhecimento especializado que cada Orixá pode
apresentar: Ossâim, a liturgia, Oxóssi, a caça, Ogum, a metalurgia, Oxum, a
maternidade, Iemanjá, a educação, Omolu, a medicina, e assim por diante.
O QUE É OXALA?
Se por este lado, Oxalá merece mais destaque, o considerá-lo superior aos outros (o que não está implícito como poder, mas sim merecimento de respeito ao título de Orixalá) veio da colonização européia. Os jesuítas tentavam introduzir os negros nos cultos católicos, passo considerado decisivo para os mentores e ideólogos que tentavam adaptá-los à sociedade onde eram obrigados a viver, baseada em códigos a eles completamente estranhos. A repressão pura e simples era muito eficiente nestes casos, mas não bastava. Eram constantes as revoltas. Em alguns casos, perceberam que o sincretismo era a melhor saída, e tentaram convencer os negros que seus Orixás também tinham espaço na cultura branca, que as entidades eram praticamente as mesmas, apenas com outros nomes.
Alguns escravos neles
acreditaram. Outros se aproveitaram da quase obrigatoriedade da prática dos
cultos católicos, para, ao realizá-los, efetivarem verdadeiros cultos de
Umbanda, apenas mascarados pela religião oficial do colonizador. Esclarecida
esta questão, não negamos as funções únicas e importantíssimas de Oxalá perante
a mitologia ioruba.
É o princípio gerador em
potencial, o responsável pela existência de todos os seres do céu e da terra. É
o que permite a concepção no sentido masculino do termo. Sua cor é o branco,
porque ela é a soma de todas as cores.
Por causa de Oxalá a cor
branca esta associada ao candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral, e
não importa qual o santo cultuado num terreiro, nem o Orixá de cabeça de cada
filho de santo, é comum que se vistam de branco, prestando homenagem ao Pai de
todos os Orixás e dos seres humanos.
AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ:
Se essa mesma, gostar e quiser usar roupas com as cores do seu ELEDÁ (primeiro Orixá de cabeça) e dos seus AJUNTÓ (adjutores auxiliares do Orixá de cabeça) não terá problema algum, apenas dependendo da orientação da cúpula espiritual dirigente do terreiro.
Segundo as lendas, Oxalá é
o pai de todos os Orixás, excetuando-se Logunedé, que é filho de Oxóssi e Oxum,
e Iemanjá que tem uma filiação controvertida, sendo mais citados Odudua e
Olokum como seus pais, mas efetivamente Oxalá nunca foi apontado como seu pai.
O seu campo de atuação
preferencial é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas
vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de
sentimentos de religiosidade.
Fé! Eis o que melhor
define o Orixá Oxalá.
Sim, amamos irmãos na fé
em Oxalá. O nosso amado Pai da Umbanda é o Orixá irradiador da fé em nível
planetário e multidimensional.
Oxalá é sinônimo de fé.
Ele é o Trono da Fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a fé em todos os
sentidos e a todos os seres.
Orixá associado à criação
do mundo e da espécie humana. No Candomblé, Apresenta-se de duas maneiras: moço
– chamado Oxaguian, e velho – chamado Oxalufam. O símbolo do primeiro é uma idá
(espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpá xôrô. A
cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam é somente
branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira. Oxalá é considerado e
cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano.
É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os
Orixás e todas as nações.
A vibração de Oxalá habita em cada um de nós, e em toda parte de nosso corpo, porém velada pela nossa imperfeição, pelo nosso grau de evolução. É o Cristo interior, e, ao mesmo tempo, cósmico e universal.
O que jamais deixou sem
resposta ou sem consolo um só coração humano, cujo apelo chegasse até ele.
O que procura, no seio da
humanidade, homens capazes de ouvir a voz da sabedoria e que possam
responder-lhe, quando pedir mensageiros para transmitir ao seu rebanho:
"Estou aqui; enviai-Me".
Ø - Oxalá – Tambem chamado de Obatalá
Ø Qualidades do Orixa Oxalá – Caminhos no Candomble
Ø Oxaguia – Oxoguian “Oxalá mais novo”
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