‘PÉSSIMA’ TESTEMUNHA
DE DEFESA PARA BOLA.
Durval Ângelo depôs por
cerca de 3 horas no júri do ex-policial.
Fala de político resgatou
passado de réu.
Testemunha de bandido,
olha a estrelinha vermelha no peito dele...
Só podia ser né colega !!!
Após cerca de três horas
de depoimento, o deputado estadual Durval Ângelo (PT) deixou o Fórum de
Contagem avaliando como “péssima” para a defesa do réu Marcos Aparecido dos
Santos a sua participação no julgamento. Durval foi arrolado como testemunha
pelos advogados de Bola, acusado de matar e ocultar o corpo de Eliza Samudio, a
ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. O político foi o segundo a ser ouvido
nesta terça-feira (23). Ele falou das 15h40 às 18h40.
“Eu prestei depoimento
como testemunha de defesa, arrolado como testemunha de defesa, mas eu acho que
fui uma péssima testemunha de defesa, porque eu falei todo o passado do Bola, e
os casos apurados pela Comissão de Direitos Humanos. Então, acho que eu não fui
uma boa testemunha. Acho que foi um tiro no pé por parte da defesa”, disse.
Três assuntos foram
abordados durante mais tempo no depoimento de Durval Ângelo, que preside a
Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais
(ALMG). Uma audiência com Bruno na ALMG
em 2011, uma visita que o político fez a Luiz Henrique Romão, o Macarrão, na
penitenciária também em 2011, e um crime no qual Marcos Aparecido dos Santos é
réu com outros três policiais, onde dois homens teriam sido mortos em 2008 e os
corpos nunca foram encontrados.
Durval contou o que foi
relatado a ele sobre o crime dos dois homens. Segundo o político, três
policiais prenderam as vítimas em um carro de polícia, "atiçaram cachorros
ferozes", que dilaceram o corpo delas. "Depois fizeram micro-ondas
com eles", disse. O político falou que o nome de Bola - que seria o quarto
participante - apareceu nesse caso após investigações da Delegacia de
Desaparecidos e da Corregedoria da Polícia Civil e que Marcos Aparecido estava
entre os indiciados.
Sobre a audiência com
Bruno na ALMG, o deputado lembrou que o goleiro afirmou ser inocente. "O
Bruno negou de forma peremptoriamente que não teria matado", disse. Durval
também dise que não ouviu de Bruno que Eliza havia sido assassinada por
Macarrão ou a mando do amigo.
Durval Ângelo contou que
esteve no presídio para conversar com Macarrão, acompanhado pela TV Assembleia.
Segundo o deputado, fora das câmeras, Luiz Henrique Romão disse que
"estava servindo de chacota". O político também disse que Macarrão
estaria sendo chamado de "gay" e que tinha medo de ser morto. O réu
pediu ao deputado para ser trocado de pavilhão na penitenciária e queria voltar
para onde estava o Bruno, o "irmão dele".
Questionado sobre o motivo
pelo qual foi escolhido como testemunha de defesa, Durval disse que imagina que
seja porque a defesa queira explorar contradições no inquérito. Porém, ele
avaliou o trabalho da Polícia Civil como “muito bom e muito completo”.
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