sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


POR QUE O ATEÍSMO PODE SUBSTITUIR A RELIGIÃO (Estudo)

A questão de por que o ateísmo é mais predominante em países ricos do que pobres tem ocupado os antropólogos por cerca de 80 anos.
A crença em Deus declina na maior parte dos países desenvolvidos e o ateísmo está concentrado em países europeus como a Suécia (64% de descrentes), Dinamarca (48%), França (44%) e Alemanha (42%), enquanto que na África Sub-saariana a quantidade de ateus é inferior a 1%.
Baseado no fato que quanto mais educação, maior a taxa de descrentes, o antropólogo James Fraser propôs que as previsões científicas e o controle da natureza suplantaria a religião como forma de controlar a incerteza nas nossas vidas.
Ateístas são mais comuns entre pessoas com nível superior e que vivem em cidades, e estão mais concentrados em social-democracias europeias.
O ateísmo parece florescer mais entre pessoas que se sentem economicamente seguras.
Mas por quê?
Em um estudo feito em 137 países, o psicólogo evolucionista Nigel Barber aponta que, aparentemente, as pessoas se voltam à religião como uma proteção para as dificuldades e incertezas da vida.
Em social-democracias, há menos medo e incertezas sobre o futuro por conta de programas de promoção do bem-estar.
Países com melhor distribuição de renda também têm mais ateus.
Em contraste, países onde as doenças infecciosas são mais comuns também há a crença em Deus maior.
E em países mais religiosos, a fertilidade também é maior, pela promoção do casamento pela religião.
Por fim, a religiosidade também é maior em países onde a população rural é maior.
Mesmo as funções psicológicas da religião enfrentam uma competição acirrada nas sociedades modernas, com as pessoas procurando médicos, psicólogos e psiquiatras quando têm problemas psicológicos.
Segundo Nigel, as razões pelas quais as igrejas perdem expressão em países desenvolvidos podem ser resumidas em termos de mercado.
Primeiro, com uma ciência melhor, redes de segurança governamentais e famílias menores, há menos medo e incerteza na vida das pessoas, e, portanto, um mercado menor para a religião.
Ao mesmo tempo, muitos produtos alternativos estão sendo oferecidos, como medicamentos psicotrópicos e diversão eletrônica, exigindo menos compromissos e respeito servil à crenças não científicas.

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