ORIXÁ XAPANÃ
É segundo alguns pesquisadores semelhante ou igual a Obaluaiyê ou Sakpatá.
É o Orixá da varíola, e de todas as doenças de pele, tanto pode provocá-las quanto curar as enfermidades, é cultuado na maioria dos terreiros do Brasil sendo muito respeitado e temido por todos seguidores das Religiões Afro-brasileiras.
Este Orixá conhecido por sua fúria e vingança contra malfeitores e pessoas que tratam as coisas sem o devido respeito e honestidade, é muito respeitado em todas as Nações da África ao Brasil.
Pertence a Xapanã todas as doenças materiais e espirituais, principalmente as doenças de pele, como varíola e a lepra, com estas normalmente castiga quem merece.
Uma de suas missões no mundo material e espiritual, é varrer as coisas que não tem mais utilidade, por este e outros motivos, é um dos Orixás que responde junto com Xangô e Iansã pelos processos de desencarnação, pelos cemitérios, pela destruição e em defesa dos espíritos maléficos.
Saudação: Abao
Dia da Semana: Quarta-feira
Número: 07 e seus múltiplos
Cor: Vermelho e Preto ou lilás
Dia da Semana: Quarta-feira
Número: 07 e seus múltiplos
Cor: Vermelho e Preto ou lilás
ADJUNTÓS:
Xapanã Jubeteí com Oiá ou com Obá, Xapanã Belujá com Iansã ou com Oxum Olobá, Xapanã Sapatá com Iansã ou com Obá
Ferramentas: Xaxará, vassoura, cachimbo, favas, moedas e búzios.
Ferramentas: Xaxará, vassoura, cachimbo, favas, moedas e búzios.
Xapanã Jubeteí: São Roque quando faz adjuntó com Oiá, São Lázaro quando faz adjuntó com Obá.
Xapanã Belujá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Oxum Olobá, Senhor dos Passos quando faz adjuntó com Iansã.
Xapanã Sapatá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Iansã, São Lázaro quando faz adjuntó com Obá.
Xapanã Belujá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Oxum Olobá, Senhor dos Passos quando faz adjuntó com Iansã.
Xapanã Sapatá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Iansã, São Lázaro quando faz adjuntó com Obá.
Seus filhos são obstinados e honestos, mas por outro lado são rancorosos.
Gostam muito de prestar ajuda aos outros e são extremamente sensíveis.
Tem rosto anguloso, tronco pequeno e, na maioria das vezes são magros e altos com manchas no corpo.
Xapanã, originário de Tapa, leva seus guerreiros para uma expedição aos quatro cantos da terra.
Uma pessoa ferida por suas flechas ficava cega, surda ou manca, Obaluaê-Xapanã chega ao território de Mahi no norte de Daomé, matando e dizimando todos os seus inimigos e começa a destruir tudo o que encontra a sua frente.
Os Mahis foram consultar um Babalaô e o mesmo ensinou-os como fazer para acalmar Xapanã.
O Babalaô diz que estes deveriam tratá-lo com pipocas, que isso iria tranqüiliza-lo, e foi o que aconteceu, Xapanã tornou-se dócil.
Xapanã contente com as atenções recebidas mandou construir um palácio onde foi viver e não mais voltou ao país Empê.
O Mahi prosperou e tudo se acalmou, Xapanã continua sendo saudado como rei de Nupê e pai em Empê.
Sua Mãe, Nanã Burukun, abandonou-o na praia quando pequeno por suas feridas em grande quantidade.
Xapanã foi recolhido as profundezas do oceano, cuidado e criado por Iemanjá, que fez para Ele uma roupa de palha-da-costa, cobrindo-o da cabeça aos pés.
Ficou forte e saudável, porém as cicatrizes nunca desapareceram.
Normalmente os filhos deste Orixá são marcados pelo corpo, com pequenas feridas, espinhas, manchas e secreções que assim como aparecem, desaparecem, ficando neste processo pelo resto da vida.
LENDA
Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Xapanã viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás, Xapanã não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência.
Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos.
Apesar de envergonhado, Xapanã entrou, mas ninguém se aproximava dele.
Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho.
Ela compreendia a triste situação de Xapanã e dele se compadecia.
Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão, o xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado, os orixás dançavam alegremente com suas equedes.
Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha com seu vento.
Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Xapanã pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Xapanã, o deus das doenças, transformara-se num jovem belo e encantador.
Xapanã Sapatá e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens.
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